segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Trecho do livro de Lao tse - Tao Te Ching

A fama ou o corpo, o que mais se ama? O corpo ou a riqueza, o que vale mais? Ganhar ou perder, o que mais adoece? Por isso o excesso de desejo causará um grande desgaste E o excesso de acúmulos causará uma morte rica Quem sabe se contentar não se humilha Quem sabe se conter não irá se exaurir Sendo assim, poderá viver longamente
Que os corvos levem Minha alma para longe Enquanto minha carne podre é Saboreada e dilacerada pelos vermes. Que Deus tenha piedade de mim E mande seus anjos Para me libertar. Sonhos...que nunca se realizarão Apenas uma vida em vão. Desilusões humanas Tingem minha alma de negro...
Estou morrendo aos poucos e, minha alma nem a luz encontrará... Como uma estrela que tem seu brilho apagado Sendo consumida pelo tempo Sem motivo e sem razão Somente um tris de luz Em meio à escuridão.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dança ao Luar

Na noite fria ela ressurge Com seus cabelos negros voando ao vento Na escuridão,deslumbrando-se Sobre um luar prateado Rainha da noite Na escuridão ela reina absoluta. Sobre o luar ela dança Rosas e vinho tinto... Sobre o luar ela descansa Deusa lua a contemplar Com seu manto negro Infinito de estrelas a brilhar... Doce menina dança Todas as noites Sobre o luar...

Theatre Des Vampires-Never Again

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

À Morte - Poema de Florbella Espanca

Morte, minha Senhora Dona Morte, Tão bom que deve ser o teu abraço! Lânguido e doce como um doce laço E como uma raiz, sereno e forte. Não há mal que não sare ou não conforte Tua mão que nos guia passo a passo, Em ti, dentro de ti, no teu regaço Não há triste destino nem má sorte. Dona Morte dos dedos de veludo, Fecha-me os olhos que já viram tudo! Prende-me as asas que voaram tanto! Vim da Moirama, sou filha de rei, Má fada me encantou e aqui fiquei À tua espera... quebra-me o encanto!

Imagens Góticas

Imagens Góticas ao som de Theatre Of Tragedy

Perdidos

Perdida,em meio à cinzas Escondida num lugar escuro e sombrio Fechando seus olhos Para as fantasias do mundo Desiludida da vida Ela canta... Naquele lugar frio Apenas sua voz desponta Num canto triste Esperando que alguém a salve Da angústia eterna Nesse lugar frio a esperar... Ali sentada,suspirando Em sua tristeza sádica Ela está a esperar Que alguém a liberte da escuridão Enquanto todos à sua volta Pensam estar enlouquecendo Em suas alegrias ilusórias Das coisas vis deste mundo sem salvação Dos fantasmas do ontem.
Te vejo afundando Dia após dia Em sua tristeza profunda,e, Nada posso fazer... Dos seus olhos caem lágrimas Salgadas,sem rumo apenas caem... Seu sorriso não existe sua boca está amarga Seus olhos molhados... Sua dor a mata lentamente, Uma dor profunda De muitos dias,talvez anos... Os fantasmas do passado a seguem repentinamente. Enquanto chora discretamente, Ela tenta pensar que amanhã Será um dia melhor E,quem sabe, Ela possa sorrir novamente...
Estou sozinha Atravessando um rio de serpentes Onde um suspiro pode ser fatal Quebrando o silêncio Em meio à tristeza Ouço vozes... Vozes de lamentação Pessoas chorando Tentando encontrar uma luz. Uma luz distante,aconchegante Que envolve e aquece... Trazendo muita paz Nesse caminho se espinhos e escuridão...

Incertezas

Me sinto perdida Numa estrada escura Andando sem rumo... Me sinto como se faltasse o ar Como se não pudesse ver Por mais que meus olhos olhassem... Me sinto num lugar escuro Como se as trevas tomassem conta de mim. Na incerteza do amanhã, como se talvez ele nem existisse... Sinto a necessidade de ficar num mundo só meu Um mundo escuro e de nostalgia Onde a paz reina num silêncio eminente E onde a melancolia parece me acompanhar... Tranqüilo como as profundas águas do mar E como a suave brisa de Outono... Incertezas de um amanhã Que eu nem sei se virá...

domingo, 8 de novembro de 2009

"Espero que todas suas razões se tornem reais E que você chore por todas elas"

Vampires Bloodletting

Ela levantou mais uma vez Do seu sono eterno Para matar sua sede insaciável De sangue... Todos os tolos caem a seus pés Da bela dama de preto. E ela sem demora Os presenteia Com o beijo da morte... Sua pele pálida e fria Lábios de carmim Com seu belo cabelo negro. Caçadora da noite Rainha dos prazeres carnais... Seu sonho é um mar de sangue. Ela é uma vampira Estar morta não é problema Não para uma rainha da noite Deusa dos prazeres proibidos Vampira...

Medo

"Medo" como uma palavra tão pequena Pode se resumir a um sentimento tão forte? Quando você estiver sozinho No frio do seu quarto escuro Ele te encontrará... Mas ele não virá sozinho. Quase sempre acompanhado De dor ou ira,sofrimento e tristeza Pode vir com a solidão também. Não importa, Ele sempre está conosco Em qualquer situação da vida. Para vencê-lo, Devemos primeiro superá-lo Senão ele nos devora... Sabe aquela sensação horrível? Seu coração bate tão forte Que parece querer explodir... Seu suor fica frio E você mal pode se mexer. Suas mãos ficam trêmulas E você sente um arrepio tremendo Que vai de coma a baixo Suas pernas se esmolecem... E é dificil de se manter em pé. Mas fique firme,encare-o Não o deixe tomar conta de você...
Você está contente pensando que tem tudo... De repente seu mundo desmorona E você se sente sem chão Tem medo de olhar para o lado E perceber que ninguém está lá Mas continua andando... Olhando para frente E vendo que ainda tem muita coisa... Muita coisa que você perdeu Quando adormecia na sua ignorância... E quando vê mais a frente Você percebe que nem tudo está perdido E que ainda tem muito para fazer. Tudo que pensava não poder Agora pode é só querer. Talvez nem tudo esteja ao seu alcance, Não agora, Mas estará quando chegar o momento... E tudo que você desprezou um dia Está ali,servindo de apoio Para que você possa subir... Se abrir bem os seus olhos Poderá enxergar tudo e mais além... Seu coração baterá forte E você verá claramente Que vale a pena continuar lutando, Não pelas pessoas que queriam te ver na lama, Mas por si mesmo,Esse é o dom da vida...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nightwish Dead Boys Poem Live

Anjos

É como se um anjo me dissesse: Siga em frente sem olhar para tráz... Esqueça seu passado de trevas E sua vida de angústias Saia da escuridão e pare de sangrar. Nos sonhos mais profundos ele te encontram... Nos dão a ilusão de um mudo belo Que não existe... E a esperança de Paraíso... Enquanto dormimos é tudo tão belo e perfeito Que não queremos acordar... Acordar só pra ver toda dor e sofrimento Nesse mundo de sangue Toda a podridão escarnecida. Todos se afundando em suas mentiras Lamentando suas vidas sombrias... Toda a escuridão os habita Sem que percebam... Estão tão embriagados de sua ganância Que nem percebem o perfume da morte Nem todo o seu amargor São apenas corpos sem alma Se entregando à destruição Como as folhas no Outono Se entregam ao vento Como se não houvesse o que fazer Apenas se entregar...

†† Beleza ††

Vivemos num mundo Num mundo cheio de beleza... Parece até um jardim Com as mais belas flores Mas não se engane... Sua beleza é de encher os olhos E seu perfume sem igual Doce como mel... Mas a beleza esconde a verdade Estão tão murchas e sem vida... Sua beleza e perfume tão sublimes Escondem a lama em que estão, Se afundando cada vez mais em sua podridão... Sangram em sua amargura Como féu na garganta Estão tão mortas que nem percebem Que toda a sua beleza não importa mais E sua angústia vai além Dos dias frios É como se nunca houvesse Sol Apenas a escuridão...

Amor

Todo o sentimento oculto Que está no mais profundo do seu ser quer se libertar Salvá-la na angústia Ampará-la na trizteza Fazê-la sorrir Mesmo quando não houver alegrias... Todas as flores caídas no seu jardim Ganharão vida E todas as flores invejarão seu perfume... Toda a sua vida passará diante dos seus olhos Sem que se arrependa de suas escolhas E trazendo muita paz aos que te cercam. No mais belo sentimento Te mostrar toda a maravilha da vida E num abraço sentir todo o seu calor E isso lhe bastará nos dias frios...

Paraíso

Estava deitada a pensar: Será que existe um paraíso? De repente adormeci... Sonhei que estava num jardim Um jardim com flores brancas E um anjo me dizia sim Existe um paraíso... Com um jardim eterno De cores alegres em suas flores... De pássaros com o canto mais belo que existe Um canto jamais visto... Com um céu tão azul como as profundas águas do mar E com um sol explendido a brilhar... Uma brisa suave toca o meu rosto Me trazendo muita paz Uma paz tão grande Que me acalma E intorpece minha alma Me trazendo esperança De um lugar melhor. Com um suave perfume Fico a pensar: Sonho ou Realidade? Desejo ou Fantasia? Não importa...Nesse lugar quero me encontrar

èpica - Run For a Fall

Therion-Lemuria Live

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

LILITH, A SERPENTE: O LADO ESCURO DA LUA

Além de uma deusa proscrita, como a conhecemos, Lilith representa a cisão do feminino, tanto no nível individual como coletivamente, onde a liberdade, a instintividade e a expansão da consciência devem submeter-se à dominação e aos tabus vigentes. Sendo assim, tais buscas de evolução - naturais e atávicas - no campo da experiência humana, acabaram por ser reprimidas com violência, restando apenas a tais conteúdos a opção de atuarem nas sombras do inconsciente. A Lua Negra ou Lilith, aparece em vários mitos. Sem dúvida, o mais conhecido é o judaico, que a coloca como a primeira mulher de Adão. Segundo consta, nasceu do mesmo material que seu companheiro; o pó da terra, sendo, assim, sua igual. Reclamou então seus direitos, afirmando serem os mesmos que os do parceiro, negando, desta forma, a supremacia masculina e recusando-se ainda aos papéis mais convencionais e submissos, como ficar sob o parceiro durante o ato sexual e a maternidade. Foi assim que a deusa proferiu o inefável nome de Deus e fugiu do Paraíso. Adão recebeu então a submissa Eva; feita a partir de sua costela, e, portanto, conformando-se com a autoridade dele. Outra variação do mito diz que Lilith habitava o Éden antes mesmo de Adão e que foi ela que o originou. Antes de estar plenamente desenvolvida, insurgiu-se contra a união de Adão e Eva, copulou com a Serpente e abandonou o Paraíso, havendo ainda a variação de ter ela própria se transformado em Serpente e chamado Adão e Eva à perdição. Após deixar o Éden, percorre, errante, caminhos sinistros, enlameados, interagindo com os demônios. Deus mandou seus anjos que a chamassem de volta, mas Lilith recusou-se, dizendo ser tarde demais. Fez então um trato com os anjos de respeitar os locais guardados por seus nomes sagrados. Lilith foi para o deserto, de terras vermelhas, e, mais tarde, subiu aos céus, onde tentou entrar encantada com os pequenos rostos, dos Querubins. Deus, porém, a expulsou, ordenando-a que voltasse à Terra, onde seria seu instrumento de punição, para seduzir mortais bem como assassinar crianças. Dizem, também, que no dia da Reconciliação, a deusa "guincha" em altos brados, para que seus gritos cheguem aos céus. Para invocá-la ou neutralizá-la, os antigos habitantes da Tessália golpeavam caldeirões de bronze ou tocavam címbalos. Invocavam-na largamente para acalmar ou deliberar as energias sexuais, aumentar o desejo, o prazer, e diminuir a fertilidade. A Serpente, sempre presente, alude à antiga analogia do início dos tempos, o uroboros, a deusa-mãe, as profundezas fluidas do inconsciente, sobre as quais não temos controle algum e, tal como o próprio Zeus, devemos respeitar. Sua fuga ao deserto vermelho é o próprio caminho de individuação, onde rompemos com tudo o que nos traz segurança, confiando apenas na supremacia da mente, um movimento de separatividade e convicção interna, que como para Lilith, não pode ter retorno. Como assassina de crianças, representa a capacidade e premência de estrangular a infantilidade e as ilusões sem fundamentos, em nome do amadurecimento. Seu potencial sedutor é o inconformismo, a revolta inerente à espécie humana que quer sempre mais, mesmo aquilo que não pode ter, os desejos gritantes, com seus ressentimentos, desesperos e auto-traições. Trata-se sempre da conexão com os desejos, os instintos, o lado sombrio da vida, as armadilhas e o crescimento em que implicam. Segundo Jung, se o despertar da Lilith pode ser trágico para uma pessoa despreparada, é uma prerrogativa à individuação. No Egito, correlaciona-se com a deusa Ísis, freqüentemente representada com cauda de serpente, soberana dos partos, do amor sensual, da morte e dos renascimentos. Chamada "Rainha do Céu", esta deusa lunar era invocada nos ritos de magia e feitiçaria. Com seu poder ímpar restituiu à vida seu irmão e amante Osíris, morto no inferno por seu irmão-sombra Set. Na Grécia, correlaciona-se com a deusa Hécate, soberana da magia lunar da morte e do nascimento, dos ritos mágicos, dos encantamentos e do destino. Com três faces, esta deusa está presente em cada fase, cada encruzilhada do caminho, desde os momentos de mais luz até os de mais escuridão, aumentando o senso de convicção interna, o propósito ou a compulsão de seguir os próprios desejos e crenças, e a coragem de cortar com tudo a que nos vinculamos, em nome desta jornada. Filha de Hera, foi testemunha direta e emocionalmente distanciada do rapto de Perséfone, ainda na infância. Esta antiqüíssima divindade roubou de sua mãe um pote de carmim; precisou então fugir de sua mãe que ficou furiosa. Deixou o Olimpo e foi para a Terra, assistiu um parto e tornou-se impura, precisando descer aos infernos para ser purificada. Nas regiões abissais, tornou-se Rainha e presidia os ritos de purificação e expiação. Tinha o poder de enviar demônios para atormentar a humanidade durante seus sonhos. Podia também negar ou conceder qualquer desejo aos mortais. Cérbero, o cão de três cabeças, guardião da porta do inferno, era seu animal de estimação e as Erínias (deusas do Destino), suas companheiras. Os gregos colocavam suas estátuas nas encruzilhadas onde houvesse ocorrido um crime. A ela, também, a feiticeira Medéia rendia homenagem para purificar-se de seus delitos e receber proteção em sua jornada. Essa deusa virgem é auto-erótica e tem ainda o dom de envenenar seus adversários, podendo castrá-los ou iniciá-los, conferindo poder ou estagnação. Com sua magia, toca de maneira singular na superfície e nas profundezas. Na maioria das vezes seus ritos encenados em nossas vidas são ininteligíveis por nosso raciocínio. Enquanto as deusas femininas presidem algum tipo de relacionamento, Lilith evoca a separação em nome do resgate e priorização das buscas individuais. Sua oposição a Eva nos sugere que sua sustentação depende somente de si mesma, seu fortalecimento, seus dons de magia e seu poder de co-criadora, jamais dos referenciais de relacionamento ou da submissão aos códigos externos. O resgate deste arquétipo é, portanto, o ponto crucial que nos acompanha não uma, mas várias vezes na vida, com seus momentos de desconexão com os parâmetros exteriores que em algum momento nos emprestaram segurança, a negação e a fuga destes parâmetros, a solidão e o desolamento a que nos remetem a experiência, a clarificação e a estruturação de nossos valores internos no deserto, e a reconquista de nosso poder e plenitude pessoais. De: Sidneya Magaly Gaya

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Numa noite fria... No céu uma lua tenebrosa A nos encantar Com sua beleza sombria. Toda escuridão por nós. Um brilho relusente Emana de sua superficie. No céu negro e sedutor Uma cortina de estrelas Perturbadora,aconchegante... Deusa Lua banhando as montanhas Com todo o seu brilho e explendor Uma canção aos seus admiradores Um prêmio aos seus seguidores. Rainha soberana Da escuridão Que em minha alma Descanse sua luz. Nas noites pavorosas Exala seu horror e sedução Luz da escuridão Que encanta o meu ser Alegra o meu viver. Me eleve ao mais atlo No seu véu de sedução Rainha Soberana da Escuridão
"Quero ficar num mundo só meu... Um mundo onde a paz reina num silêncio eminente..."

canto obscuro

Sejam Todos Bem Vindos ao Nosso Cantinho!